Fomentar o cooperativismo por meio das escolas e projetos, a partir da inserção de uma proposta educacional, baseada na relação ensino-aprendizagem, construída a partir dos princípios, valores e da prática da cooperação que embasam a doutrina do cooperativismo, envolvendo instituições, alunos e professores é o objetivo do Programa Cooperjovem e de diversos projetos que envolvem o jovem no cooperativismo no Pará e em todo o Brasil. Assim, com o intuito de incentivar o ingresso do jovem ao cooperativismo, houve, no Parque da Residência, comemoração pelo Dia Internacional do Cooperativismo, que completou 89 anos no dia dois de julho, celebrado em todos os cantos do mundo, com o tema: “Juventude: o futuro do cooperativismo”, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e organizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA). No evento, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado, Ernandes Raiol, explanou novas estratégias para o desenvolvimento da educação cooperativista e ressaltou todas as últimas ações realizadas pelo sistema em prol do cooperativismo no Pará. Para Cláudio Carvalho, diretor geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), presente no evento, “na região Norte, o cooperativismo é fundamental para alavancar uma agricultura forte, moderna e que trará benefício a todos. Nós temos tecnologias e temos como colocar essas tecnologias na mão do agricultor, mas o problema é a estruturação das nossas cadeias produtivas e nessa estruturação o cooperativismo é fundamental, porque unidos somos muito mais fortes e é isso que o Sistema prega”, ressalta Cláudio Carvalho. Amaury Braga Dantas, presidente da Unicred Belém, afirma que o cooperativismo no Estado do Pará evolui como uma terceira via alternativa para que a população possa ter avanços civilizatórios. “Nós constatamos a presença do capitalismo, que produz riqueza e não sabe distribuir. A segunda alternativa seria o socialismo que distribui muito bem as riquezas através dos programas sociais e, finalmente, a alternativa para o mundo é o cooperativismo, pois é um modelo que existe desde a revolução industrial e vem se firmando na história da humanidade, ganhando adeptos pelo mundo inteiro. Isso não é diferente no Pará”, explica o diretor da Unicred.
Cooperjovem - Joseane Gonçalves, uma das coordenadoras do programa Cooperjovem no Pará, explica que o programa é uma capacitação de professores para inserir o cooperativismo como temática de educação nas escolas do Estado onde, atualmente, envolvem sete escolas no município de Castanhal, gerando 60 empregos diretos e indiretos e levando educação para cerca de 800 estudantes. “Além de intensificar e valorizar a educação no Estado, o Programa também estimula a cultura cooperativista aos mais jovens da região, para que os ensinamentos possam refletir no trabalho futuro do cooperado”, acrescenta Joseane. A intenção do Dia Mundial do Cooperativismo foi valorizar a participação dos jovens e incentivar a integração dos mesmos no sistema cooperativista. Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado, Ernandes Raiol, os jovens são os responsáveis pela continuidade dessa filosofia de vida que insere, econômica e socialmente, as pessoas na sociedade e no mercado de trabalho. “Incentivar e desenvolver projetos voltados aos jovens do Brasil é um dos principais objetivos da Organização”, ressalta Raiol. A escola pode ser uma das principais formas de disseminar a cultura cooperativa em uma comunidade. Os reflexos positivos são evidentes para a sociedade, como: o estímulo à formação profissional, cooperação, voluntariado e solidariedade; capacitação de professores; fortalecimento da cultura do cooperativismo; alternativa para inserção do jovem no mercado de trabalho e outros. (Texto da jornalista Carla Fischer, colaboradora)
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