quinta-feira, 14 de julho de 2011

Obras de Marc Riboud impressionam no MHEP

O “vernissage” da exposição do fotógrafo francês Marc Riboud, na Galeria Antonio Parreiras, no Museu Histórico do Estado do Pará (MEP) não poderia ter sido melhor. Uma apresentação de alto nível do grupo musical “Quorum”, no “hall” de entrada do MEP abriu o evento. Na ocasião, foram executadas quatro peças do cancioneiro francês, entre as quais a conhecida “La Vie en Rose” e o hino nacional da França, a “Marselhesa”, ouvido pelos presentes em pé. Entre os que prestigiaram a abertura da exposição, que se estenderá até o dia 15 de agosto vindouro, estiveram artistas plásticos, pintores, fotógrafos, jornalistas, intelectuais e cônsules de vários países, como EUA e Japão, entre outros. Um coquetel foi servido, antes e depois, da abertura, que contou com pronunciamentos do diretor da Aliança Francesa em Belém, Bruno Stefanin, do diretor geral da Aliança Francesa no Brasil e curador da exposição, Yann Lorvo, e do diretor do MEP, Milton Meira. “Há certos nomes que ressoam com a força de uma evidência e pessoas que nos dão vontade de amar os outros. Marc Riboud é uma dessas pessoas instigantes”, diz Yann Lorvo, diretor geral da Aliança Francesa no Brasil. Durante sua manifestação, Meira justificou as ausências do governador Simão Jatene e do secretário de Estado da Cultura, Paulo Chaves, em vistas de assuntos de última hora. Meira enfatizou a relação cultural entre a França e a capital paraense, inclusive destacando que “no período da “Belle Èpoque”, Belém foi considerada a “francesinha do Norte”. A presença da cultura francesa na Arquitetura, na música e em outras manifestações artísticas é evidente. E a data escolhida (13 de julho) é significativa, pois está ligada à data histórica da Queda da Bastilha, quando o povo francês se livrou de um jugo com o qual não agüentava mais conviver. Um momento histórico”. Antes de abrir oficialmente a mostra o diretor do MHEP, Milton Meira destacou uma frase do filósofo Plotino que afirmou que “a sabedoria dos deuses e dos bem aventurados não se exprime apenas com frases, porém com belas imagens”. Os trabalhos jornalísticos de Marc Riboud impressionam pela sutileza como capta as imagens de detalhes muitas vezes considerados insignificantes para o cidadão comum. Por meio de suas lentes, mais além das paisagens e das cidades, Riboud pode apreciar o calor e a elegância das relações humanas. Fotografias como a que fez em 1956, no Afeganistão, em uma escola destinada a ensinar menores no manuseio de armas, ou a que retrata o espanto dos meninos vietnamitas, ao verem pela primeira vez um norte-americano, em 1969, ou ainda cenas de favelas no Rio de Janeiro materializam sua percepção e a linha humanista de seu estilo de ver o mundo. (Agência de Notícias Gerais)

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