quarta-feira, 15 de junho de 2011

Primeiro Sarau da XV Feira Pan Amazônica supera expectativas


O primeiro dos dois saraus previstos para este ano na programação alusiva à XV Feira Pan Amazônica do Livro, a ser realizada no período de dois a 11 de setembro no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, superou as expectativas. Além do expressivo número de espectadores presentes ao Teatro Estação gasômetro, a maioria composta por estudantes, literatos, poetas, atores e produtores culturais a performance dos atores da Companhia do Sarau deu um ar de interatividade entre a platéia e a palestrante, professora Amarílis Tupiassu, que prendeu a atenção dos presentes ao relatar trechos da vida do jornalista, poeta, escritor e professor universitário Ruy Paranatinga Barata. O encontro, que foi intercalado com sorteios de livros e CD´s, serviu, também, para que grupos como a Malta de Poetas divulgasse ações culturais programadas para este mês. Após a abertura da atividade pelo ator e cantor Reginaldo Viana, assim como da palavra da diretora de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura, Ana Catarina Brito, uma interpretação dos atores Maíra Monteiro e Valdenei, da Companhia do Sarau, focada em uma das obras de Ruy Barata abriu o Sarau. Em sua abordagem de momentos da vida do autor de obras como “O Nativo de Câncer” e “Antilogia”, Amarílis Tupiassu passeou desde seu nascimento em 1920, pela sua vinda de Santarém para a cidade grande, por suas incursões no mundo literário, assim como pela passagem marcante na política, onde exerceu o mandato de deputado estadual, até ser cassado pelo golpe militar de 64. O grupo teatral Companhia do Sarau fez ainda algumas encenações de poemas e músicas de autoria de Ruy Barata. Quando a palavra foi facultada à platéia, a interação foi tanta que uma professora da escola Celso Malcher declamou a letra da música “Tronco Submerso", para delírio dos estudantes presentes. Antes da conclusão do sarau uma espectadora, Maria Borges, se manifestou e fez uma observação, considerada pertinente pela palestrante, a respeito da ausência de uma placa indicativa da estátua de Ruy Barata, que se encontra logo à entrada do Parque da Residência. Ressaltou que muita gente que visita o logradouro e faz questão de se deixar fotografar ao lado do monumento de bronze, não sabe ao certo de quem se trata. O poeta Juracy Siqueira, que reforçou a observação, disse que já chegou a ouvir de uma visitante que se tratava do ex-governador paraense Magalhães Barata. Ao comentar sua explanação sobre períodos marcantes da vida do santareno Ruy Barata, a professora Amarílis Tupiassu enfatizou que “acho que ao ver esta platéia cheia de estudantes, creio que o ganho é para a Literatura da Amazônia. O professor, poeta e escritor Ruy Barata transcende a terra dele. Ele é um poeta de todos os tempos sempre preocupado com os valores de sua gente”.  (Agência de Notícias Gerais)

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