segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Boi Maíra" encerra projeto "Paixão do Boi" no pier da "Casa das 11 Janelas"

O encerramento do projeto “Paixão do Boi”, versão 2011, não poderia ter sido melhor. Uma tarde ensolarada e um início de noite agradável contribuíram para que um expressivo público se fizesse presente à Estação das Docas e ao píer da Casa das Onze Janelas, no Complexo Feliz Lusitânia, onde o “Cordão do Bacu”, “Boi Rei do Campo” e o “Boi Maíra” se apresentaram, respectivamente. 
Na Estação das Docas, a partir das 18 horas, quem compareceu àquele aparelho turístico belenense assistiu a duas apresentações que mereceram elogios: o “Cordão do Bacu” e o festejado “Boi Rei do Campo”. O Cordão do Bacu, de Icoaraci, foi criado em 1998 na tentativa de integrar as crianças da região à cultura paraense. O nome do cordão veio para retratar a situação dos moradores, que vivem em palafitas ao longo do rio Maguari. Os coordenadores do “Boi Rei do Campo”, cujos integrantes se apresentam mascarados, consideram que o mais importante nesse tipo de folguedo não é a comédia ou o drama, mas sim a dança. Para isso, os músicos do “Boi Rei do Campo” fazem uma trilha sonora que mistura samba, marcha e carimbó.
No píer da Casa das Onze Janelas, no complexo “Feliz Lusitânia”, por volta das 19 horas chegaram os integrantes do “Boi Maíra”, do bairro da Sacramenta. Crianças corriam e brincavam no entorno e mesmo no centro do anfiteatro, onde muitos casais em colóquios românticos também aguardavam pela única atração da noite. Era possível perceber a presença de visitantes vindos de outros pontos do país. Quando Yeyé Porto, técnica do Sistema Integrado de Artes Cênicas da Secult, anunciou a chegada do boi e agradeceu o apoio de colaboradores e a presença do público foi perceptível a sensação de despedida de um período de atrações juninas.
Outro detalhe foi nitidamente percebido por alguns espectadores: apesar de sua tradição como folguedo junino autêntico, o Boi Maíra deu nítida demonstração da aceitação da tendência de bois de Parintins, em Manaus, tanto nas coreografias, toadas e, principalmente, na indumentária. Contudo, agradou aos presentes que prestigiaram mais esta iniciativa do governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A “Paixão do Boi”, que já caiu no gosto do público, acontece desde 1990 e integra alguns espaços da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), como: Estação das Docas, Píer da Casa das Onze Janelas e o anfiteatro da Estação Gasômetro, no Parque da Residência. As dezenas de grupos (entre os quais quadrilhas de trovadores, cordões e grupos de Carimbó e, em especial, bois bumbás, oriundos do interior do Estado, ou mesmo da capital paraense), demonstraram as diversas formas de expressão dessa manifestação cultural que, como muita gente notou, sofre influência de outras tendências interestaduais.
(Agência de Notícias Gerais)

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