domingo, 11 de janeiro de 2009

Tecnologia social elevará qualidade de vida de deficientes










Há exatamente dez anos, o engenheiro elétrico Elias Nonato Silva criou o Projeto “Mobilly 750”, um transporte alternativo para pessoas com deficiência, na condição motora, que alia baixo custo, ecologicamente correto e mobilidade para exercer o direito de ir-e-vir desta significativa parcela da população brasileira. O “Mobilly 750” é um Triciclo Elétrico que desenvolve velocidade de 35Km/h, possui um conjunto de baterias onde, com apenas uma carga, tem autonomia de até 75 quilômetros. Elias Silva explica que a idéia de criar o “Mobilly 750” surgiu inspirada na dificuldade de acesso de um vizinho cadeirante. “O jovem Miguel Serafim estava em sua cadeira de rodas, na rua, indo para igreja, com muita dificuldade para fazer o trajeto. Logo pensei que deveria haver alguma maneira de usar a tecnologia para facilitar a vida do deficiente”, conta o engenheiro.
Após quatro anos de muitas pesquisas, projeto e execução, a idéia de Elias tornou-se realidade no ano de 2002 e, apesar de todas as dificuldades para montagem deste primeiro protótipo do triciclo, seu custo não ultrapassou dois mil reais. “Hoje, uma cadeira motorizada elétrica está na faixa de oito mil reais e, ainda, tem a manutenção, que é precária no Estado do Pará e representa um alto custo para o cadeirante. O “Mobilly 750” poderá custar menos de três mil reais, em lojas especializadas, e o próprio usuário poderá fazer a maior parte da manutenção”, argumentou Elias Silva.
“Falar em tecnologia é muito fácil. Difícil é fazer tecnologia, principalmente de cunho social”, desabafa o engenheiro que, nos últimos dez anos, está em busca de parcerias. Elias tem como sonho criar um Pólo de Desenvolvimento Tecnológico para o aprimoramento do Projeto Mobilly, manutenção de equipamentos diversos e a criação de outros mecanismos de baixo custo, voltado, especialmente, às pessoas com deficiência. Pois, de acordo com o mapeamento realizado pela Fundação Banco do Brasil e a Fundação Getúlio Vargas, as pessoas com deficiência oriundas das regiões Norte e Nordeste, estão mais excluídas de novas tecnologias, com relação à população em geral e a pobreza, juntamente com a desigualdade, caminham lado-a-lado. Mas para que este sonho seja possível é preciso unir forças com instituições públicas e privadas, que pensem e queiram contribuir com o social, facilitando a vida do deficiente, tornando a questão da acessibilidade um fato real, para que todos possam ir-e-vir com autonomia e praticidade.
Sempre querendo a melhoria da qualidade de vida do deficiente, Elias Silva lançou, no ano passado, o livro paradidático “O Menino que Virou um Beija-Flor” - Sonhos de um Pequeno Grande Inventor, para expor seu sonho de, um dia, contribuir para um mundo melhor com uma sociedade que use a tecnologia em favor dos menos favorecidos. Contato: Elias Silva: encsilva@yahoo.com.br (Texto: Elias Silva/Agência de Notícias Gerais)

7 comentários:

Jacyrene Coelho disse...

Gostaria de parabenizar o engenheiro, Sr. Elias Silva pela dedicação de usar a tecnologia em beneficio de portadores de necessidades especiais.
P.S: Fico feliz em saber que além desse rico trabalho ainda incentiva a leitura. Jacy

Unknown disse...

"O Amor é mais ardente, quanto o conhecimento é mais perfeito"
Leonardo Davincci

Que a atitude do engenheiro Elias Nonato nos sirva de exemplo, principalmente para aqueles que por intermédio do voto delegamo-les o poder, para que inspirados na solidariedade que aqui nos é exemplificada, deixem de lado todo o egoismo que os fazem legislar ou governar em causa própria, ou ainda em harmonia com os interesses daqueles que os manipulam, transformando-os em verdsdeiros fantoches, e assim, praticarem e investirem em políticas públicas que realmente atendam o anseio da população com investimentos à pesquisas científicas e tecnologicas, bem como no fomento à educação, com a valorização do potencial cultural produzido na região, utilizando os livros de escritores da terra de maneira que se configura o livro escrito pelo engenheiro Elias Nonato, como alternativa paradidática, de modo à atingirmos o pleno desenvolvimento social isento da exclusão dos menos favorecidos, para conseguirmos uma sociedade verdadeiramente humana, menos injusta, em um meio-ambiente ecologicamente equilibrado, a partir do respeito das diferenças de qualquer âmbito entre os homens.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Toni Vaz disse...

O Elias é um exemplo dos bons brasileiros anônimos que lutam pelo bem-estar da população brasileira. Este projeto maravilhoso deve, sim, contar com apoio oficial. Cadê o BNDES??? Parabéns amigo Elias, você é motivo de orgulho para todos nós.

jcregis disse...

Amigo Elias,

Creio que a inspiração para realização do projeto não veio apenas do vizinho cadeirante, mas acima de tudo do amor pelo próximo. Sendo assim, para mim ficou claro que DEUS manifestou toda sua Glória através de você, trazendo um pouco de esperança para uma vida melhor aos irmãos mais necessitados.
Parabéns! Deus ilumine seu caminho e que você continue sendo sempre um exemplo para os demais.

Abraços

Regis

Roberto Melo disse...

Caro Elias,

Sou deficiente desde a infância e sofro diariamente com os problemas de mobilidade. Tenho uma cadeira de rodas motorizada, mas não é adequada para uso urbano e sinto no bolso quando ela dá algum problema. Sua proposta é inovadora e ficarei na torcida, através de minhas orações para que você atinja seus objetivos. Obrigado por saber que pelo menos existem pessoas que desejam ajudar seu semelhante.
Um grande abraço,

Roberto A. de Melo
S.Paulo-SP

mfa disse...

meu amigo, só quem te conhece, sabe a sua preocupação com o próximo, tenho certeza que esse é apenas um de muitos outros benefícioa que podes trazer às pessoas que tem dificuldades em locomoção, espero sinceramente que o governo saiba valorizar esse esforço e invista nesse projeto maravilhoso, torço por você.
Não se pode entender quando aparece idéias maravilhosas como a sua aonde o custo baixo pode favorecer muitos e investirem tão alto em outros tão caros e nem tanto eficientes.
Se for assim, só fica provado que o governo não pensa no povo e sim no interesse de empresas milionárias que estão no mercado.
Parabéns pelo seu projeto