segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mudanças à vista no turismo metropolitano

O turismo na Região Metropolitana de Belém, que há muito é alvo de críticas por parte de observadores em vista de alguns pontos que, ainda, não apresentaram respostas satisfatórias aos interesses de visitantes, tanto a nível nacional, quanto internacional, vive momento de mudanças. A partir da necessidade de não perder vantagens de apoio oficial, assim como por uma questão de “mea culpa” coletiva, integrantes da estação de governança do Pólo Belém de Turismo decidiram mudar o rumo das ações que norteiam esse segmento. Uma coisa é certa: não é mais possível adotar uma posição passiva diante do quanto pode ser feito em busca de um perfil mais integrado entre os diversos atores que fazem parte do trade. Não se trata de “chorar sobre o leite derramado” ou mesmo “buscar um bode expiatório” para responsabilizar por esta ou aquela situação. Trata-se de uma virada de mesa, com adoção de promissoras ações que partem de um único compromisso: cada entidade integrante do que se convencionará chamar de grupo gestor assumir e executar as tarefas a ela destinadas. Com um diferencial, procurando mudar algo que sempre foi evidente nesta área, a falta de interligação entre importantes segmentos, não por falta de empenho com esse objetivo, mas sim em vista de uma certa letargia ou, para ser mais incisivo, desinteresse em aglutinar forças em busca de um objetivo comum que fosse. Como afirmaram visitantes, por ocasião da IV FITA, Feira Internacional do Turismo, “percebe-se, sem dificuldade, que aqui prevalece a chamada Lei de Murici, ou seja: cada um cuida de si”.
A estratégia de delegar ao “Convention & Visitor Bureau” a coordenação das ações que visam implementar o segmento de serviços, assim como continuar alavancando os segmentos negócios e eventos, aparece como uma fórmula viável para o alcance de objetivo principal que, na sua esteira, traz desdobramentos há muito aguardados e que, com certeza, melhorarão a infra-estrutura turística da RMB. Não resta dúvida que não será apenas a mudança de executores que mudará, da noite para o dia, como em um passo de mágica um panorama que de tão dificultoso se mostrava sombrio e, o que é mais delicado, sem que se vislumbrasse, pelo menos, uma tênue saída no fim do túnel.
No entanto, como enfatiza Conceição Silva e Silva, da Paratur, “era necessário fazer alguma coisa para mudar esse quadro”. Resta saber, eu acrescento, até que ponto se manterá o empenho para que mudanças satisfatórias aqui sejam registradas. É aguardar para conferir! (Nilton Guedes/Agência de Notícias Gerais)

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