quarta-feira, 18 de julho de 2012

Vernissage do recorte "O Fio do Abismo" desperta curiosidade na Casa das Onze Janelas

A abertura da exposição “Fio do Abismo”, bastante concorrida, foi uma demonstração do recorde de visitantes e sucesso de interesse nas obras expostas esperados pelos curadores dessa exposição do Itaú Cultural, que poderá ser vista até setembro deste ano. O vernissage iniciou às 20 horas, embora desde as 19h10 já houvesse visitantes apreciando as obras de vários artistas plásticos brasileiros que participam deste recorte da exposição “Convite à Viagem – Rumos Artes Visuais 2011/2013”, realizada em São Paulo com curadoria de Agnaldo Farias. Desde a entrada é perceptível a proposta da exposição, pois trabalhos em tapeçaria, do artista plástico Adriano Costa (SP), foram espalhadas desde os primeiros degraus da escada que leva ao primeiro andar da Casa das Onze Janelas, onde se encontram os 24 trabalhos dos 18 artistas escolhidos por Gabriela Motta (curadora do Rio Grande do Sul), e Luiza Proença, de São Paulo, e Alejandra Muñoz, uruguaia que mora em Salvador (BA), ambas cocuradoras. 

                                   
                                             Alejandra Muñoz, cocuradora do recorte "O Fio do Abismo",
                                           comenta um dos trabalhos do artista plástico Adriano Costa
 "Tivemos não apenas sorte, pois a própria cidade de Belém é extremamente convidativa, e dos 18 artistas que compreendem o recorte de Belém (são 45 ao todo que compõem o programa Rumos, desta edição), 14 estão atualmente aqui em Belém. Alguns deles vieram para cá por exigência da mostragem das obras. Outros, movidos pelo interesse pessoal de conhecer a cidade, que é um cartão de visita da região. O que estamos apresentando aqui, conforme o nosso entendimento, são obras que de alguma maneira lidam com a questão de limites. Tivemos, também, como critério não apresentar as duas artistas que são de Belém, que serão levadas a outros recortes. Com isso, daremos a chance para que esses artistas mostrem suas obras em outros recortes, em outros contextos, pois já são conhecidas no Pará”, explica Alejandra Muñoz. Na opinião do artista plástico Emanoel Franco, o nível da exposição é muito bom “pois são obras contemporâneas, de várias vertentes, de vários suportes, de pesquisas reunidas nesta mostra. A mídia contemporânea está presente. O que me chamou a atenção é você estar diante de confluências de propostas, tanto de técnicas mais primitivas, quanto de técnicas mais atuais. Por exemplo, a pintura a óleo, que evidencia a presença desta manifestação artística (pintura), em meio a outras obras como recursos tecnológicos audiovisuais” modernos, contemporâneos”.   Por sua vez, Adriano Costa, artista plástico de São Paulo que vem à capital paraense pela primeira vez, se mostra muito satisfeito por estar em Belém, cidade que define como “um dos melhores lugares para se viver”. Quanto à exposição, nesse trabalho denominado de “Tapetes” apresento esculturas em tapeçaria, com panos, onde ressalto e resgato algumas coisas não apenas pelo lado estético, assim como por questões éticas. Tapeçaria era uma arte palaciana, hoje não é mais. Então, nessas esculturas que faço o trabalho não deixa a construção de algo fixo, concreto, permanente.  É uma arte nati-morta, pois depois que é pisada ela se desfaz. Ou seja: é única e efêmera”.  Além de obras que se destacam por sua aparência diferente, como a que utiliza faixas de alumínio recurvadas e está disposta no piso, outras manifestações artístico-culturais aguçam a curiosidade dos visitantes, como os vídeos que têm curtos espaços de tempo, pois desaparecem após suas apresentações. Houve alguns dos visitantes que chegaram a denominar a obra artística audiovisual como “pegadinha”.  (Agência de Notícias Gerais)


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