sexta-feira, 20 de maio de 2011

Obra de Nelson Sanjad lançada na Semana de Museus

O lançamento da obra de Nelson Sanjad, “A Coruja de Minerva: o Museu paraense entre o Império e a República (1866-1907)” teve positiva repercussão no meio cultural local, em especial aos segmentos ligados à Museologia. O evento, que aconteceu no hall do Museu de Artes sacras, a partir das 16h30, registrou a presença de representantes de instituições como a Universidade Federal do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, entre outras. O final de tarde sem chuva igualmente contribuiu para o sucesso da solenidade que marcou a abertura da programação comemorativa ao Dia internacional do Museu, que até sábado (21) manterá um encontro científico-cultural sobre a temática “Museu e Memória – paisagem na História”.  A obra de Nelson Sanjad é fruto da tese de doutorado homônima defendida pelo autor no programa de pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/ Fiocruz).  O trabalho foi eleito a melhor tese em 2006. Também, obteve o primeiro lugar na categoria de teses de 1º Prêmio Mário de Andrade, realizado em 2008, realizado por iniciativa do então Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - DEMU /Iphan, hoje Ibram, e da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).  Para alguns dos presentes ao lançamento, que foram unânimes em ressaltar a importância da obra como resgate de uma parte importante da história da Museologia no Pará, tanto a apresentação de slides, assim como a exposição feita pelo pesquisador Nelson Sanjad foram muito interessantes. Wanda Okada, coordenadora de Museologia do Museu Paraense Emilio Goeldi ressaltou que “o lançamento desta obra caiu muito bem porque este livro que trata de história teve sua apresentação aos leitores no decorrer de uma semana cujo tema é “Museu e História”. É a origem do MPEG dentro da História do Pará”.  Para Léa Carvalho, que também prestigiou o lançamento e destacou a realização do evento “realmente, o livro tem tudo a ver co o tema proposto na Semana de Museus: História e Ciências. A apresentação dos slides e a palestra foi algo de belo”.  Em uma parte de sua obra, na qual ao assumir a difícil tarefa de caracterizar a agenda científica do Museu Paraense sob a administração de Goeldi se deparou com a enorme produção científica do Museu e com a grande diversidade de temas e disciplinas estudadas por Goeldi e seus colegas, Sanjad se concentrou, então, na figura de Goeldi: trabalhos em ornitologia, entomologia médica e etiologia da febre amarela; alguns estudos evolucionistas; interlocução com o Museu Britânico; e envolvimento na disputa entre Brasil e França pela maior parte do território do Amapá. Ao resumir esse aspecto, o historiador enfatiza que “O Museu Paraense era uma instituição integrada à sociedade local, seu diretor identificava-se com as questões nacionais e sua agenda científica era permeável às contingências políticas”.  (Agência de Notícias Gerais)

                                     

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