sexta-feira, 19 de março de 2010

Relação de empresários do turismo e governo estadual é um barril de pólvora

O clima é de tensão e descontentamento por parte dos empresários do setor turístico paraense diante da ação política que envolveu a indicação e nomeação do atual presidente da Paratur, Luis Antonio Souto, para assumir um cargo que, há algum tempo, tem sido objeto de críticas em vista da situação na qual se encontra o setor. Um encontro de representantes do trade, ocorrido na sede da Associação Brasileira de Agentes de Viagem, seção Pará, confirmou a posição de surpresa e indignação de quase a totalidade dos empresários diante do que, segundo Orlando Rodrigues, presidente do Belém Convention, “está claro que este governo não tem compromisso com o turismo paraense”. Orlando Rodrigues, inclusive, disse que “é preciso romper com a iniciativa governamental e buscar mecanismos de desenvolver o turismo sem apoio do poder público. Precisamos ir às ruas e fazer a opinião pública saber desse quadro preocupante que afetará o setor e levará empresas ao encerramento de suas atividades”. Para Rose Larrat, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav- seção Pará), “essa atitude de descaso do Estado com o setor se agravou, ainda mais, quando a advogada Ann Pontes abdicou da presidência da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), há cerca de seis meses. O cargo, até esta semana, vinha sendo ocupado interinamente técnica Conceição Silva da Silva, funcionária de carreira da Paratur e interlocutora da política de regionalização do turismo junto ao MTUR. Mas, uma decisão política deixou o trade ainda mais frustrado. A indicação de Luis Antonio Souto para assumir a Presidência da Paratur, como contra partida política do atual Governo ao PSC, causou em todos nós um misto de surpresa e indignação. Jamais imaginávamos que eles pudessem chegar a tanto. Há anos, a ABAV vem denunciando e cobrando do Governo uma definição sobre a prioridade ou não de uma política para o desenvolvimento do Turismo Paraense. A atual decisão, confirma que a Paratur é moeda de troca política. A escolha de uma pessoa sem nenhuma ligação com o setor, apenas para satisfazer um pequeno partido político, dá a dimensão do descaso do Governo, para com nosso seguimento”, lamenta Larrat. Na opinião da presidente da Abav/Pará e para dezenas de entidades que integram o Fórum Estadual de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (Fomentur) é hora de um posicionamento radical. “Precisamos estar unidos para darmos um basta a esse Governo, que tem tratado o Turismo de forma tão leviana. É hora, também, de mostramos que temos competência para desenvolver nossos negócios sem a participação do Estado”, afirma Rose. Por sua vez, Rui Martini, diretor e ex-presidente da Abav/Pará, disse que “iremos somente para protestar”. Como forma de protestar contra a decisão unilateral da governadora Ana Júlia Carepa de nomear um “leigo” para o turismo, as entidades que integram o Fomentur prometem participar, pela última vez, no próximo dia 29, de uma reunião da entidade. Procurada pela Abrajet/Pará, a ex-presidente interina da Paratur, Conceição Silva da Silva, preferiu não se manifestar sobre o assunto. Apenas reforçou que a Paratur, com apoio do Hangar Amazônia pretende realizar a Fita 2010-Feira Internacional de Turismo da Amazônia dentro do cronograma que será apresentado, no próximo dia 29, durante reunião do Fomentur. (Agência de Notícias Gerais)

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